Fundada no século XVIII pelo bandeirante Bartolomeu Bueno da Silva Filho, que lhe deu o nome de Vila Boa de Goiás, a cidade foi próspera enquanto havia riqueza na época do ciclo do ouro. Era a capital do estado até meados de 1930. Apesar da perda deste prestígio para Goiânia, que está a 140 quilômetros e distância, no sentido leste, Goiás Velho, como hoje é conhecida, manteve a arquitetura colonial de suas casas, muitas de pau-a-pique, ruas e nove igrejas.
Entre as construções, destacam-se os museus de Arte Sacra e da Bandeira, prédio do século XVIII no qual funcionaram a Câmara e a cadeia e que hoje guarda a história da intervenção bandeirante na região, além do Palácio Conde dos Arcos, antiga residência do governador. A preservação desse conjunto lhe rendeu o título de patrimônio da humanidade pela Unesco, mas, dias depois de ser laureada, na virada do ano 2001 para 2002, aconteceu uma enchente, as águas do Rio Vermelho arrastaram casas e pontos de interesse, como a residência em que viveu a poetisa Cora Coralina, transformada em museu após sua morte, em 1985. A água destruiu livros, tachos de cobre, o muro e peças do acervo pessoal da escritora. Após um exemplar trabalho de recuperação, quase não se vêem vestígios dessa tragédia, e turistas voltam a circular por seus hotéis, pousadas e restaurantes.
Hoje, Cidade de Goiás investe também no ecoturismo, graças à vizinhança da Serra Dourada. Há trilhas que levam a cachoeiras, como as das Andorinhas, que passam pelos Rios Mandu e Zanzan e chegam ao Cânion da Carioca e ao Morro das Lajes, o melhor local para ver o sol se pôr.